quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Saindo do ninho.

Um dia acordo, reviro-me na roupa de cama macia, vislumbro minhas cortinas verdes e não canso de pensar como acertei no papel de parede. 

Abro os olhos!

Acordo com a luz no meu rosto, com abre e fecha do armário, um grito "Tu não vai levantar" e percebo que a visão de antes era um sonho.

Quando moramos com outras pessoas o simples fato de estar de mau humor não pode ser respeitado com silêncio, na verdade ele é inflado com trezentas perguntas bestas, não existe privacidade, as coisas não são como tu quer, teus pertences pessoais não recebem o mesmo tratamento que tu dispõe e até a regularidade de limpeza é diferente. Na infância tudo passa despercebido, mandos e desmandos, não existe preocupação com limpeza de casa, roupa lavada e comida, dividir o quarto é legal, teu pequeno espaço é imenso, mas pessoas crescem e suas vontades crescem muito mais até o ponto de implorar pelo seu canto.

São tantos fatores que impedem a saída de casa, falta de dinheiro, falta de estabilidade para arcar com as parcelas, um familiar que precisa de você por perto, mas o mais importante é a falta de foco nesse plano de vida. Não adianta nada ter todos os requisitos para sair de casa e ficar por preguiça de enfrentar a realidade de morar sozinho, pois é mais fácil ficar na teta dos pais com tudo nas mãos né.

Hoje eu coloco esse plano pessoal em ação e dando o primeiro e mais importante passo: organizar as finanças. A meta é aos 30 anos dar a entrada e financiar o resto do meu apartamento de 1 quarto, localizado na zona sul ou próximo do trabalho, vai ser minimalista, terá uma parede verde, uma cozinha funcional com bancada para fazer uns quitutes, um bar repleto de bebidas, uns colchões para a receber a família, o armário dos sonhos que será  modulado, a louça de festa pra receber os amigos em um jantarzinho e as taças para o champagne do Natal.

Um sonho tão real e forte que não merece ser perdido pela minha estagnação, bora batalhar em prol do aumento da felicidade e da maturidade perante as realidades da vida.

Um comentário:

Roberta disse...

Gostei! Sei como é tomar esse tipo de decisão. Quando saí de casa fui morar em um jk que, acredite, pra mim era um latifúndio! Com a maturidade vêm as responsabilidades e as mil perguntas que nos fazemos: vou ter dinheiro pra bancar a minha vida? vou me sentir sozinho? vou precisar de ajuda? a família vai entender minha decisão? Mas sem viver não há como saber... Parabéns pelo planejamento! É assim que se começa.